Caros amigos e clientes,
No dia 18/05 a Refran Consultoria e a UltraHigh organizaram um evento, pelo segundo ano consecutivo, com o economista e estrategista de investimento Ricardo Amorim.
O tema abordado este ano foi “Crise ou Oportunidade?”. A apresentação foi excepcional, com muita técnica. Ricardo mostrou mais uma vez, toda a sua capacidade como palestrante e seu sólido conhecimento: não por acaso, está no ranking dos melhores palestrantes do mundo, de acordo com o Speaker´s Corner .
De forma resumida, apresentamos abaixo os principais pontos da palestra:
<! Bolsa/Governo Temer/Expectativas do Mercado/ Dólar – “Não precisa fazer tudo certo, basta parar de fazer tudo errado!”, sobre atual Governo de Temer, para retomada da expectativa da confiança do país e tornar um ciclo virtuoso econômico, o desafio do novo Governo, conta com equipe de senadores e deputados para se obter maioria no Congresso de aprovação da agenda que Meirelles definir e suas medidas. Para economistas pessimistas, o PIB brasileiro caiu e nunca mais crescerá, para o Amorim, começará à puxar (para cima) assim que tiver reforma política e segundo ele disse: “será mais rápido do que as pessoas imaginam (retomada do ciclo virtuoso)”. Conclui que o país “cresce no ceticismo”, fazendo menção na época do Lula que nada era óbvio mas as expectativas foram puxando e trouxeram retornos melhores que o esperado. Não são certos os ciclos pós-crise para retomada do crescimento, podendo ser de 3 em 3, ou de 5 em 5 anos e caso o Brasil “estivesse numa ilha” daria como certo a disparada da bolsa, no entanto, com o cenário mundial com as atuais crises, acha mais difícil. Faz um paralelo com os resultados de empresas brasileiras versus preço das commodities, que andam juntos e agora, com a volta das commodities podem trazer bons resultados. Bolsas de emergentes vão mal quando o dólar fica mais forte, mas ultimamente, o dólar está mais fraco, commodities se recuperando e as bolsas dos emergentes começam a andar. A relação do dólar x real, o justo seria R$3,15 e acredita no movimento dos próximos anos de baixa, o que trará maior competição dos produtos importados colocando a inflação para baixo, assim volta crédito e por sua vez, crescimento.
<! Distribuição de renda/ Brasil – Historicamente o público de alta renda está em crescimento nos mercados emergentes, parece que futuramente há muito espaço, como mostrou o gráfico de pessoas que estão andando mais de avião, por exemplo, é maior a procura em países emergentes (sem considerar o Brasil) e em 20 anos, a importância maior estará nos países emergentes e o mínimo dos países desenvolvidos. O Brasil, na hora que voltar a economia, país que está atualmente “em liquidação” somado à isso fuga de capitais que fez o dólar subir, onde os ativos estão desvalorizados; os investidores estrangeiros estão com o “dedo no gatilho” para entrar no Brasil, assim que clarearem as coisas. Em 15 anos, aumentou em 10 vezes a renda disponível no mundo, equivalente há 150 anos da história desde a Revolução Industrial, mostrando a importância da globalização que trouxe aceleração de economias antes fechadas como por exemplo, a Índia e da China onde aumentaram tanto a demanda por seus produtos como estímulo à economia local, encarecendo a vida.
<! China/Índia – impressiona pelo tamanho, principalmente pois cresce se endividando, logo, o nível da alavancagem é alto (antes da quebra da Lehman Brothers o setor financeiro era de US$3 tri e sobe para atuais US$15 tri). Tem a maior bolha imobiliária da história, e quando acontecer esse estouro os bancos tomam calote e contraem o crédito, falta dinheiro para financiar o consumo e o investimento despenca, o estouro acontecerá sem data prevista. Índia é a economia que mais vem crescendo, com características parecidas com as da China, com mesma população e mais pobre (renda servirá de consumo/alimento com o seu crescimento), fundamentalmente de população rural (>60% da população), urbanização demandará importação de metais (ferro, aço,…) e alimentos. Sem tamanho para impactar a economia mundial hoje, talvez em 10 anos sim, como foi a representatividade da China a partir de 2000/2001.
Por ser um evento com número de convidados limitados em função do espaço, neste ano, assim como no ano passado, recebemos 50 convidados, os quais agradecemos e aguardamos nos próximos eventos e para aqueles que não puderam comparecer, por várias razões, esperamos que tenham a oportunidade de participar.
Buscamos com este evento compartilhar com nossos amigos e clientes a visão de mercado e estratégia de investimentos, através do Ricardo Amorim, cuja capacidade, técnica, conhecimento de mercado mundial e independência, são devidamente atestados, e em um formato dinâmico e informal.
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